Síndrome do Impacto
Uma das doenças mais frequentes que acometem o ombro, sendo comum em jovens (nadadores, jogadores de vôlei, arremessadores e até praticantes de musculação) e adultos (movimentos repetitivos acima da cabeça).
Caracteriza-se por dor e disfunção à elevação do membro superior em rotação interna entre 70 e 120 graus.
Uma das maiores conseqüências é aparecimento de bursite, que é causada por uma pressão (imapcto), da inserção umeral do manguito rotador contra a borda ântero-inferior do terço anterior do acrômio, ou seja, há um choque entre o úmero e a escapula, comprimindo alguns tendões, levando-a tendinites, podendo evoluir para uma ruptura e perda de função.
Áreas afetadas:
Bursas: subacromial, subdeltoidea
Manguito rotador: músculo supra-espinhal, músculo infra-espinhal, músculo redondo menor, músculo subescapular.
Articulação acromioclavicular: anomalia congênita, formação degenerativa do esporão
Úmero: aumento da tuberosidade maior
Acrômio: existem 3 tipos: reto, curto e ganchoso (esse sendo o mais propicio à lesões).
Estagio de Neer:
I: geralmente entre os 25 anos, atividades relacionadas “mão acima da cabeça”, edema, hemorragia, ADM com dor entre 60 a 120°, testes positivos de Neer e Hawkins, e sendo reversível com o repouso;
II: entre 25 a 40 anos, atividades relacionadas “mão acima da cabeça”, fibrose, tendinite não sendo reversível com repouso;
III: acima de 40 anos, ruptura do manguito (<1 cm), frouxidão, hipotrofia por desuso.
Causas:
• Morfologia do acrômio
• Movimentos; lixar, moer e lustrar
• Artrose acromioclavicular
• Atividades; natação, arremesso, tênis e musculação
• Hipertrofia ligamento coracoacromial
• Fibrose/espessamento da bursa subacromial
• Tubérculo maior do úmero proeminente
• Trauma
• Atividade elevação acima da cabeça
Sinais e sintomas:
• Dor leve em atividades e repouso
• Dor na parte frontal até lateral do braço
• Dor ao levantar o braço
• Edema no ombro
• Diminuição da força
Diagnostico:
• RX: osteófito subacromial e acromioclavicular, calcificação, artrose glenoumeral e acromioclavicular
• Ressonância Magnética: líquidos e inflamação da bursa e do manguito rotador
• Testes especiais: teste do SE, de Jobe, de Yergason, do IE; RE contra resistência, de Pate;testa o IE só que abduzido, do subescapular, de Guerber.
Tratamento:
Inicialmente o tratamento é conservador, através de repouso e evitando atividades com os braços elevados, com ajuda de antiinflamatórios.
Em casos não cirúrgicos é feito fisioterapia.
Eletroterapia: (fase sub-aguda):
• Ultra-som
• Laser
• Ondas-curtas
• Tens
Fase aguda :
• Crioterapia
Cinesioterapia:
• Deslizamentos e trações
• Mobilizações
• Fortalecimento muscular
• Alongamento
Período previsto para a reabilitação: de 3 a 6 meses.
Tratamento cirúrgico:
É feito a acromioplastia, ou seja, a ressecção do ligamento coracoacromial e bursectomia, se possível por via artroscópica.
Referências Bibliográficas
Site:
www.santafisio.com
www.clinicacofrat.com.br
Artigo:
Efeitos da cinesioterapia e laserterapia na síndrome do impacto do ombro
Fraturas
Uma interrupção completa na continuidade de um osso ou uma interrupção ou rachadura parcial, ou seja, o osso se divide em dois ou mais fragmentos. Pode haver a fratura fechada, quando não há o rompimento de pele, e a fratura aberta, quando há rompimento de pele e tecidos, assim expondo o osso.
Existe também a fratura-luxação, quando há fragmento(s) do osso mais a perda de contato entre as superfícies articulares.
Tipos:
• Transversa: trauma direto, ou seja, a fratura é reta através do osso
• Cominutiva: envolve mais de 3 fragmentos numa mesma fratura
• Obliqua ou espiral: trauma indireto, com ou sem trauma rotacional
• Segmentar ou dupla: o osso apresenta 2 traços distantes de fratura
• Galho verde: um lado do osso esta trincado e outro permanece integro
• Patológica: ocorre num osso afetado por problemas prévios que o enfraqueceram (como doenças congênitas, infecções e lesões benignas ou malignas)
• Fratura por estresse: ocorre após um esforço exagerado da estrutura óssea
• Fratura parcial: o osso se dobra e racha, mas não quebra
• Fratura por avulsão: uma contração muscular separa o tendão do osso, forçando a uma fratura
Diagnostico:
• Radiografia
• Exame físico
• Cintilografia
Tratamento :
• Imobilização: gesso, tala ou enfaixamento
• Depois da retirada da imobilização: na fase aguda; crioterapia, alongamento, mobilização, tens, laser, turbilhão “gelado”
• Fase subaguda-crônica; carga no membro afetado, fortalecimento muscular, crioterapia, tens, turbilhão “aquecido/gelado”, alongamento
Tratamento cirúrgico:
É feito com placas e parafusos, caso o tratamento conservador não resolver.
• Fixação interna; haste intramedular; a ósteossíntese do tipo tutor é aquela em que um elemento de síntese neutraliza forças desestabilizantes, porém não promove a compressão
• Fixação externa; fixador que exerce compressão entre os fragmentos ósseos reduzidos proporciona uma síntese interfragmentar estática
Consolidação da fratura:
Inicia após a primeira semana da fratura e se prolonga por vários meses, onde é formado o calo ósseo, na radiografia é visto como uma opacidade leve torno da fratura, mas que se situa à margem dos limites originais do osso, mantendo unidas as extremidades da fratura.
Remodelação: dura meses ou anos, inicia-se após que o movimento das extremidades foram detidas pelo calo, o mesmo que ira remodelar o osso em resposta a mudanças no tipo de carga.
Complicações:
• Retardo de consolidação
• Interrupção do crescimento
• Lesão nervosa
• Lesão vascular
• Lesões tendinosas
• Lesão visceral
• Artrite pós-traumática
• Embolia gordurosa
Fraturas mais frequentes:
Em crianças;
Terço distal do antebraço (radio/ulna)
Tíbia
Adultos:
Fêmur
Úmero
Referências bibliográficas:
Livro:
Ortopedia para fisioterapeutas, Marian tidwell
AUTOR: 1° SOBRENOME MAIUSCULO, NOME MINUSCULO, NOME DO LIVRO, EDITORA, ANO, ESTADO E CIDADE.
BOBATH, Karel. Uma Base Neurofisiológica para o Tratamento da Paralisia Cerebral. 2° edição. Ed: Manole, São Paulo-SP.
Sites:
www.anfisio.blogspot.com
Artigo:
Fratura da diáfise da tíbia em crianças
Artigo. Eletroestimulação e mobilização articular em crianças com paralisia cerebral e pés eqüinos. Marina Campos Zuardi, Valéria Alves do Amaral, Heloise Cazangi Borges, Therezinha Rosane Chamlian, Vanessa Costa Monteiro, Gilmar Fernandes do Prado. Revista Neurociências 2010;18(3):328-334 .
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