segunda-feira, 26 de março de 2012

5º SEMINÁRIO DE ORTOPEDIA - 19/03/2012


FRATURAS
Os ossos tem qualidades qualidades elásticas e rígidas, sendo resultante do componente mineral e a elasticidade vem da proteína dos ossos, as quantidades relativas mudam com o tempo, a idade, com isso tornam-se mais frágeis e fraturam mais facilmente. Na maioria das vezes vem de um resultado de um simples incidente traumático. 

Uma interrupção completa na continuidade de um osso ou uma interrupção ou rachadura parcial, ou seja, o osso se divide em dois ou mais fragmentos. Pode haver a fratura fechada, quando não há o rompimento de pele, e a fratura aberta, quando há rompimento de pele e tecidos, assim expondo o osso.
Existe também a fratura-luxação, quando há fragmento(s) do osso mais a perda de contato entre as superfícies articulares.

Tipos:

Transversa: trauma direto, ou seja, a fratura é reta através do osso
Cominutiva: envolve mais de 3 fragmentos numa mesma fratura
Obliqua ou espiral: trauma indireto, com ou sem trauma rotacional
Segmentar ou dupla: o osso apresenta 2 traços distantes de fratura
Galho verde: um lado do osso esta trincado e outro permanece integro
Patológica: ocorre num osso afetado por problemas prévios que o enfraqueceram (como doenças congênitas, infecções e lesões benignas ou malignas)
Fratura por estresse: ocorre após um esforço exagerado da estrutura óssea
Fratura parcial: o osso se dobra e racha, mas não quebra
Fratura por avulsão: uma contração muscular separa o tendão do osso, forçando a uma fratura
Por compressão: quando uma massa do osso é comprimida, mais comum na coluna vertebral 

Sinais Clinicos:

Dor
Impotência funcional
Hematona
Deformidade (desvio dos fragmentos)
Mobilidade anormal

Diagnostico:

Radiografia
Exame físico
Cintilografia

Alguns Termos Úteis:

Consolidação retardada: uma fratura que não se consolidou no tempo previsto
Consolidação viciosa: fratura consolidada na posição errada
Pseudoartrose: movimento perceptível no local da fratura, produzido por uma não consolidação – falsa articulação
Osteotomia: fratura cirurgica planejada
Artrodese: consolidação óssea que ocorre em uma articulação; geralmente planejada

Principais objetivos: 

Restaurar a função mecânica do osso, para suportar peso e proporcionar movimento à articulação.
E evitar as complicações que podem acompanhar a lesão músculo esquelética.


Tratamento :

Imobilização: gesso, tala ou enfaixamento
Depois da retirada da imobilização: na fase aguda; crioterapia, alongamento, mobilização, tens, laser, turbilhão “gelado”
Fase subaguda-crônica; carga no membro afetado, fortalecimento muscular, crioterapia, tens, turbilhão “aquecido/gelado”, alongamento


Tratamento cirúrgico:

É feito com placas e parafusos, caso o tratamento conservador não resolver.

Fixação interna; haste intramedular, parafusos de transfixação, placas metálicas e fios para manter os fragmentos dos ossos unidos . Podem ter restrições de suporte de carga enquanto a fratura estiver em fase de consolidação.
Fixação externa; usada uma armação externa ao corpo com pinos entrendo no osso através da pele, mantendo imobilizado os fragementos do osso danificado. 

Reparo de fraturas:

Fase de indução: inicia-se com ruptura da rede vascular e com acúmulo de sangue que se interpõe e envolve os fragmentos ósseos separados
Fase inflamatória: caracteriza-se plea presença de exsudato serofibrinoso e pela liberação de pirógenos angiogênicos pelos tecidos necróticos. Infiltração de leucócitos polimorfonucleares, monócitos, macrófagos e mastócitos, os osteoclastos neoformados iniciam a reabsorção do tecido ósseo necrótico, vasodilatação e hiperemia dos tecidos moles circunjacentes
Proliferação periosteal e endoteal: dura de 2 a 12 dias após a fratura, evolução de qualquer dano tecidual e decorre da proliferação e estimulação de células mesenquimais multipotenciais, tem a função de organização dos tecidos e das estruturas, ou seja, revascularização (proliferação endotelial) e a neoformação de fibras conjuntivas, progredindo a infiltração de células mononucleares, principalmente linfócitos e monócitos que incrementam as papulações de histiócitos e de osteoclastos
Estágio de calo ósseo: calo mole; após a primeira semana de fratura e pode durar vários meses, caracteriza-se pela presença abundante de tecido conjuntivo fibroso e pela diferenciação de osteoblastos e condroblastos. Os osteoblastos depositam a matriz osteóide, formando o tecido oseóide interno (na medula óssea) e externamente (na superficie), há formação de tecido cartilaginoso que prolifera e matura, tornando-se apto a calcificar-se e a sofrer um processo de ossificação (endocondral).
Calo duro; inicia-se após a primeira semana de fratura e se prolonga por vários meses sube=sequentes, o tecido ósseo formado é imaturo e a distribuição das fibras conjuntivas é irregular e aleatória, o calo formado é denominado calo ósseo primário
Estágio de remodelação: fase que dura meses ou anos, caracteriza-se pela substituição do tecido ósseo imaturo por tecido ósseo maturo (tecido ósseo lamelar), há regularidade na distribuição das fibras da matriz e osteócitos, tendendo a seguir a orienteção da linhas de força, decorre da intensa atividade osteoclástica (absorção do tecido imaturo) e osteoblástica (deposição de osso)
Tempo de consolidação: fatores de influência; aspecto mecânico = estabilidade, aspecto biológico = vascularização

Variéveis locais: 
Intensidade do trauma
Grau de perda óssea
Tipo de osso comprometido
Tipo de imabilização
Fratura intra-articular
Malignadade local

Variáveis sistêmicas: 
Idade
Exercícios físicos
Solicitação mecânica
Influência hormonal


Complicações:

Retardo de consolidação
Interrupção do crescimento
Lesão nervosa
Lesão vascular
Lesões tendinosas
Lesão visceral
Artrite pós-traumática
Embolia gordurosa


Fisioterapia:

TENS
Ultra som pulsado
Crioterapia
Alongamento
Estabilização
Fortalecimento muscular
Propriocepção
Laser
Mobilização
Turbilhão
Parafina


Fraturas mais frequentes:

Em crianças; 
Terço distal do antebraço (radio/ulna)
Tíbia

Adultos:
Fêmur
Úmero

Referências bibliográficas:

Livro:
Ortopedia para fisioterapeutas, Marian tidwell

Exercícios Aquáticos terapêuticos, Andrea Bates, B. SC., P.E.  Norm Hanson, B. Sc., P.T. Kelowna, Colúmbia Britânica Canadá

Sites:
www.anfisio.blogspot.com

Artigo:
Fratura da diáfise da tíbia em crianças, Acta Ortop Bras. 2010; 18(1):44-8 Cláudio Santili , Caetano Maria de Oliveira Gomes , Miguel Akkari , Gilberto Waisberg ,
Susana dos Reis Braga , Wilson Lino Junior , Fabrício Guimarães Santos


MENISCO

São estruturas de tecido fibrocartilaginoso circulares, de formato semi circular, em forma de meia-lua. Existem dois em cada joelho, um na parte interna (menisco medial), e outro na parte externa (menisco lateral), localizados entre o fêmur e a tíbia, sendo o medial mais propicio a lesões que o lateral.
Tendo como função nutrir a cartilagem articular, auxiliar na distribuição do liquido sinovial e amortecer impactos.

Geralmente são relacionadas à entorses do joelho, ou até mesmo traumas, sendo mais freqüentes nas praticas esportivas. Por vezes, podem apresentar alterações degenerativas, sendo comum em idosos, fragilizando sua estrutura, ficando assim susceptível  à lesões ocasionadas por entorses mais leves.

Lesões:
Quando medial lesionado, geralmente é em razão de um golpe no aspecto lateral do joelho, rompendo assim o ligamento colateral primeiro, pois esta ligado à ele. Forças de compressão e rotação também são causas para lesionar.
Quando lateral lesionado, geralmente por uma hiperflexão forçada, fazendo com que o menisco seja pinçado entre o fêmur e a tíbia.

Os tipos de lesão, variam quanto à sua localização e estabilidade e são divididos em :

Longitudinal: conhecida como alça de balde, geralmente causada à uma força de torção sobre o joelho fletido ou semi fletido, tendo limitação e bloqueio para a extensão, na hora paciente sente dores na região ântero medial do joelho.

Traumáticas: são decorrentes de traumas rotacionais ou axiais, geralmente por falta de instabilidade que fraturam a estrutura meniscal, com frequência de derrames, dificuldade para subir e descer escadas, os bloqueios são raros.

Degenerativa: são consequentes de processos degenerativos articulares decorrentes do envelhecimento, sequelas traumáticas ou inlfamatórias, ou seja, desgaste por hiperuso, torções repetitivas do joelho ou mau alinhamento do mesmo. Geralmente noturnos, frequentemente com derrame, associadas a lesões condrais, posição flexão prolongada é dolorosa, com falseio e bloqueio. 

Congênitas: ocorrem em meniscos congenitamente mal formados, como por exemplo o menisco discóide (ocorre exclussivamente no lateral, com uma estrutura muito espessa nas suas bordas e uma parte central fina que se movimenta em formas de ondas quando o joelho faz flexoentensão). Em geral um movimento da vida diária leva a sintomas que sugerem lesão meniscal traumática, demonstrando uma patogia prévia. Sendo raras nos mediais.

Bico-de-papagaio: descrita por Smillie, sendo uma lesão peculiar e bastante encontrada no menisco lateral, associada a uma lesão horizontal com uma transversal, sendo as horizontais mais comuns. Elas advêm da própria estrutura e organização das fibras colágenas horizontais que permeiam os 2/3 externos do menisco sob ação do componente cinemático de fricção sobre a sua superfície e da maior mobilidade fisiológica do menisco lateral.
Lesões transversas ou radiais: são mais encontradas na borda livre do menisco lateral, podendo-se estender até o meio do menisco, tem suporte anátomo-patológico na presença de fibras de colágeno que ocorrem transversalmente, é mais frequente no terço médio do menisco e pode evoluir para lesões mais complexas com frequência de traumas.
Lesões intersticiais: existem na intimidade dos meniscos e que passaram a ter comprovação mais definida após os exames com a ressonância magnética. O trauma  provoca um foco de mucina, que é hipocelular, condrócito deficiente e com produção de mucopolissacárides, que elevam a intensidade do sinal da RM. 
Lesão cística do menisco lateral:  uma lesão complexa, de características horizontal e radial, com componente degenerativo; acomete o menisco na sua parte média e através de um foco do tecido degenerado ou de um pertuito; permite o transvazamento de massa degenerativa e de líquido sinovial para a periferia do menisco, formando um cisto.
Quanto a localização temos:
 - Zona vermelha – periferia do menisco próximo da cápsula ( localizado 0-3 mm na junção meniscocapsular melhor prognóstico para a cura após o reparo meniscal ) 
- Zona branca - localizado na zona completamente avascular (> 5 mm a partir da junção meniscocapsular, nenhuma fonte de sangue, teoricamente, não pode curar após o reparo meniscal ) 
- Zona vermelha-branca - localizado na borda meniscal através da zona periférica (3-5 mm da junção meniscocapsular, tem um suprimento de sangue periférico ativa, parte central da lesão é desprovido de suprimento de sangue) . 
Sintomas:

estalo na hora da lesão
dor  na articulação
edema
limitação a flexão/extensão
paciente tem a sensação de “prendendo”

Áreas afetadas:

meniscos (medial/lateral)
cápsula articular
ligamentos (colateral lateral/colateral medial, cruzado posterior/anterior)
principais músculos; quadríceps, isquiotibiais, gastrocnêmios 

Diagnóstico:

dor a palpação na linha da articulação
ressonância nuclear magnética

Tratamento:
Baseado no tipo e localização da lesão, sendo aplicado como conservador, com fisioterapia, uso de analgésicos/antiflamatórios (mais comum em idosos com alterações degenerativas) e cirúrgico (realizado por videoartroscopia para ressecção da área lesada ou sutura da mesma).As mais utilizadas são artroscopias e as suturas dos meniscos

Objetivo; restaurar amplitude de movimento e fortalecer músculos afetados

Conservador:

Objetivos:
Diminuir edema;
Diminuir quadro álgico;
Aumentar o retorno sangüíneo e linfático;
Prevenir hipotrofia muscular;
Aumentar força, estabilidade dinâmica e resistência;
Promover relaxamento;
Ganhar arco de movimento articular;
Dar boas condições físicas e psicológicas ao possível processo cirúrgico.

Pré-cinético:
Infravermelho;
Crioterapia  + drenagem postural;
Ultra-som;
TENS;
Isometria (quadríceps e ísquios);
Mobilização patelar.

Capacidade funcional:
Alongamento de MMII;
Fortalecimento muscular (cadeia cinética aberta e fechada).

Fase final:
propriocepção;
hidroterapia.


Pré-cinético:
Uso de muleta e estabilizador (3 a 6 semanas);
Crioterapia  + drenagem postural;
TENS;
Isometria (quadríceps e ísquios);
Mobilização patelar;

Cinesioterapia:
Alongamento (adutores/abdutores/quadríceps/ísquios/psoas)
Reeducação da marcha;
Fortalecimento muscular dos estabilizadores (ergométrica/subir e descer escada)
Bola suíça;
Propriocepção;
Hidroterapia.

Complicações:
Rigidez articular;
Infecção;
Instabilidade persistente;
Aderência.


Referência Bibliográfica:

Traumatologia do esporte – Kaempf  www.gustavokaempf.com.br

Lesões meniscais Dr. Wander E. de Brito – www.grupodejoelho.com.br

Joelho lesão meniscal Fisioweb – www.wgate.com.br/fisioweb


Artigo Científico:

Lesão Meniscal por Fadiga - Acta ortop. bras. vol.17 no.1 São Paulo 2009



CAPSULITE   ADESIVA

Caracteriza-se por uma inflamação e contratura de toda a capsula articular ocasionando dor, rigidez e restrição do ombro, tendo dificuldade para elevar o braço e colocar mão atrás das costas. Geralmente afetam o sexo feminino com idade entre 40 a 60 anos.
É uma síndrome dolorosa mais conhecida como ombro congelado. O ombro é constituído por:
Cinco articulações; glenoumeral, acrômioclavicular, esternoclavicular, subacromial, escapulotorácica ;

Alguns músculos; subscapular, supra-espinhal, infra-espinhal, redondo menor, coracobraquial, deltóide, bíceps, tríceps, trapézio, grande dorsal, serrátil anterior, rombóides, peitoral menor, elevador da escápula, peitorais;

 Duas bursas; subacromial e subdeltoidea;

Três ossos; clavícula, úmero e escápula, que possui 4 grupos de movimentos; no plano sagital; flexão, extensão e hiperextensão, no plano frontal; abdução e adução,  no plano transverso; rotação medial e rotação lateral, abdução horizontal, adução horizontal e circundação;

Alguns ligamentos; esternoclavicular anterior/posterior, interclavicular, costoclavicular, acrômioclavicular, coracoclavicular, coracoacromial, transverso superior, córaco umeral, glenoumerais superior/médio/inferior, transverso do úmero;

 Cápsula articular; é uma membrana conjuntiva fibrosa (externa) e sinovial (interna) envolve a articulação sinovial como um manguito.

AÇÃO                                                                MÚSCULOS
Flexão.............................................................Deltóide anterior / Peitoral maior (clavicular) /Coracobraquial
Extensão .............................................................Deltóide posterior / Peitoral maior (esternal) / Grande
dorsal .......................................................................Abdução  Deltóide médio / supra-espinhoso
Adução ................................................................Redondo maior e menor / Peitoral maior (esternal) /
                                                                                      Grande dorsal / Coracobraquial
Abdução Horizontal....................................................Deltóide médio e posterior / Infra-espinhoso /                      
                                                                                              Redondo menor
Adução Horizontal ....................................................Peitoral maior (clavicular e esternal) / Coracobraquial
Rotação medial .................................................Subescapular / Grande dorsal / Redondo maior / *Peitoral
                                                                                     maior (clavicular) / *Deltóide anterior
Rotação lateral........................................................Infra-espinhoso / Redondo menor / *Supra-espinhoso /
                                                                                             Deltóide posterior

Embora essa síndrome não haja uma causa exata conhecida, é frequentemente secundária a um problema agudo, podendo ocorrer após um período de imobilização (exmplo uma fratura), após lesões por estresse repetitivo, ou por razão não aparente.

 Patologia:
Ocorrem lesões intra-articulares que se desenvolvem na cápsula articular da glenóide, onde ela se encontra enrijecida, espessa, inelástica e friável, ocasionando perda de movimentos passivos e ativos na articulação glenoumeral.
Causas:
Afecções degenerativas da coluna cervical ou radiculopatia
Síndrome do impingimento subacromial
Artrite acromioclavicular
Bursite pós-traumática
Sinuvite inflamatória do ombro
Pós-operatório; ombro, mama ou torácica
Doenças metabólicas e endócrinas; Bridgman (1972) identificou um significativo aumento de capsulite adesiva em pacientes com diabetes, principalmente nos insulino dependentes
Taxa elevada de triglicerídeos
Osteoartrose; consiste um desgaste da capsula articular
Lesão do manguito rotador; consiste numa lesão de músculos responsáveis dos movimentos do ombro
Tendinite calcarea ; formação de depósitos de cálcio no ombro que podem ocasionar crises agudas de dor de forte intensidade associado com limitação d ombro

Sinais e sintomas:
•dor
•enrijecimento
•dificuldade nas AVD’s (exemplo; pentear o cabelo)
•aderências
•bloqueio acima da elevação de 90°
Diagnóstico:
Realizado através de um exame físico detalhado de todas as articulações do ombro. Se houver dúvidas, deve-se solicitar avaliação de profissional da área envolvida (endocrinologista, neurologista, clinico e outros) . A radiografia apenas mostrará algumas consequências que se assemelham com a síndrome.

Tratamentos

Medicamentoso: analgésicos e anti inflamatórios.

Fisioterapia: alivio de dor e edema, restauração da amplitude de movimento e função e fortalecimento muscular.
Cirurgia: feita de videoartroscopia, sendo feito uma limpeza da inflamação para a melhora de dor e liberação de aderências da cápsula articular para a melhora do movimento.

Evolução em três fases:
1ª  fase; conhecida como aguda ou hiperálgica, com duração de 3 a 4 meses, com dor intensa, principalmente a noite perturbando o sono, agravando com movimento independente de posição e assim perdendo rapidamente sua amplitude de movimento.
2ª fase; conhecida como enrijecimento ou congelamento, há redução de intensidade da dor, porém persiste noturno, rigidez articular e bloqueio da abdução e rotações internas/externas podendo durar de 7 a 10 meses.
3ª fase; conhecida como descongelamento, ou seja, a liberação progressiva dos movimentos com o ganho de amplitude , geralmente com duração de 12 a 24 meses.

Fisioterapia no solo:
•ultra som pulsado
•crioterapia
•corrente diadinâmica
•tens
•cinesioterapia (exercícios assistidos, pendulares e ativos livres)
•mobilizações

Objetivos:
•amenizar dor
•restaurar a amplitude de movimento
•fortalecimento muscular (bíceps, trapézio, tríceps, deltoide, entre outros)

Benefícios da Hidroterapia:
Exercícios em piscinas térmicas devido as propriedades físicas da água (a temperatura da água pode produzir mudanças significativas no sistema circulatório, ou seja, o sangue é redistribuído, causando o aumento do retorno venoso ).
•Relaxamento muscular; reduz a tensão muscular e reduz restrição articular.
•Redução da dor; a água aquecida, faz com que o paciente se sinta confortável , com diminuição do peso corporal e assim reduzindo as compressões articulares.
•Redução dos espasmos musculares; com a temperatura acima de 35° C (95°F), inicia-se o aumento da temperatura corporal em relação a temperatura central, provocando a redução de tônus muscular anormal e espasticidade.

Com isso temos:
•A confiança do paciente
•O relaxamento muscular
•Alongamento muscular
•A redução da contratura muscular
•A redução da dor
•A redução do espasmo muscular
•Fortalecimento muscular; (deltoide, redondo menor, supra espinhoso, infra espinhoso, sub escapular, trapézio, bíceps, tríceps)
•Facilita o movimento articular; abdução do ombro
•Impedir a perda funcional do membro
•Aumento da amplitude de movimento

Contra-indicações:
•Febre alta
•Feridas abertas
•Doença infecciosa
•Pressão arterial descontrolada
•História de convulsões não controladas
•Doença cardiovascular grave


Alongamentos:
Fase inicial – com muita cautela         1.
 2.                           3 4.  5.
1. Cruzado a frente; para os músculos: trapézio, rombóide, infra espinhal, redondo menor/maior, deltoide posterior.
2. Encolher os ombros; trapézio, romboides, elevador da escápula e grande dorsal.
3. Rolamento do ombro; trapézio, elevador da escápula, romboides, peitoral, grande dorsal e serrátil anterior.
4. Alongamento peitoral; peitorais, romboides, trapézio e deltoide.
5. Abraço; trapézio, romboide, infra espinhal, redondo menor/maior.

Fortalecimento:
1. Abdução e adução com resistência; adução: peitoral maior, grande dorsal, redondo maior, cabeça curta do bíceps braquial e do tríceps braquial, abdução: deltoide medial, supra espinhal,  deltoide anterior e tríceps braquial.
2. Abdução e adução horizontal com resistência; abdução: deltoide medial e posterior, infra espinhal, redondo menor/maior, grande dorsal, adução: deltoide anterior, peitoral maior/menor e bíceps braquial.

Fase mais avançada:
1. Toque de cotovelo; trapézio, romboides, deltoide posterior e peitorais.
2. Puxada acima da cabeça; grande dorsal, peitoral, redondo maior e tríceps.
3. Puxada para trás por trás das costas; peitoral menor, deltoide anterior e bíceps.
4. Extensão do ombro com bastão; grande dorsal, redondo maior, tríceps e deltoide posterior.
5. Abdução do ombro com bastão; deltoide medial/anterior, supra espinhal e tríceps.
6. Rotação externa com bastão; grande dorsal, subescapular, peitoral maior, redondo maior/menor, infra espinhal, deltoide e bíceps.

Fortalecimento
1. Extensão com resistência; grande dorsal, redondo maior, tríceps braquial e deltoide posterior.
2. Flexão com resistência; deltoide anterior, peitoral menor, bíceps braquial e coracobraquial.
3. Abdução e adução horizontal com resistência; deltoide, peitoral, infra espinhal, redondo menor/maior, coracobraquial, grande dorsal e bíceps braquial.
4. Remada para cima; trapézio, deltoide anterior e bíceps braquial.
5. Rotação interna e externa com resistência; interna: subescapular, redondo maior, deltoide anterior, peitoral menor, bíceps braquial, externa: infra espinhal, redondo menor e deltoide posterior.
6. Remada; grande dorsal, romboide, trapézio e deltoide posterior.
7. Puxada lateral de braços; deltoide medial/anterior, supra espinhal e tríceps braquial.

 Relaxamento
•10 a 15 minutos de decúbito dorsal, com “espaguete” (flutuador), na região poplítea, cervical e dorsal.
•10 a 15 minutos com a região no turbilhão.
Conclusão:
Com exercícios aquáticos para pacientes com capsulite adesiva, temos uma resposta positiva, pois apenas com a temperatura da água, já conseguimos o relaxamento da contratura e a autoconfiança do paciente, fazendo com que consigamos ganhar nossos outros objetivos.

Referencias Bibliográficas
Exercícios Aquáticos Terapêuticos, Andrea Bates, B. Sc., P.E.  Norm Hanson, B. Sc., P.T.  A.E.T. Consultoria Kelowna, Colúmbia Britânica Canadá
Sergio da C. Neves Jr. Pós – Graduado em Musculação e Treinamento de Força – UGF (Brasília). Roberto Simão Mestre em Educação Física – UGF Professor da graduação e Pós Graduação da UGF (Universidade Gama Filho) www.portalsaudebrasil.com
Capsulite Adesiva – www.ossosdooficio.com.br
Capsulite Adesiva (“ombro congelado”) Abordagem multidisciplinar OSVANDRÉ LECH, GUILHERME SUDBRACK, CESAR VALENZUELA NETO  Revista Brasileira Ortopédica – vol. 28, Nº 9 – setembro 1993
Capsulite Adesiva ARNALDO AMADO FERREIRA FILHO Revista Brasileira Ortopédica 2005;40(10):565-74
Hidroterapia: aplicabilidades clinicas, Maria Cristina Biasoli, Christiane Márcia Cassiano Machado – www.portalbiocursos.com.br




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