segunda-feira, 26 de março de 2012

4º SEMINÁRIO DE ORTOPEDIA - 12/03/2012


BIOMECÂNICA  DO   JOELHO

Mobilidade fêmoro tibial

No plano sagital, que é o principal, os movimentos são de flexão e extensão (rotação em torno do eixo x). No plano horizontal, são de rotação medial e lateral (rotação em torno do eixo z). Este somente ocorre quando o joelho está em flexão. Os demais graus de liberdade são as translações superior/inferior (translação ao longo do eixo z), medial/lateral (translação ao longo do eixo x), anterior/posterior (translação ao longo do eixo y) e abdução/adução (rotação em torno do eixo y).

O joelho é estabilizado por quatro ligamentos principais: 2 ligamentos colaterais (medial e lateral) e 2 ligamentos cruzados - anterior (frente) e posterior (costas). Os ligamentos cruzados originam-se no fêmur e de forma intra articular inserem-se na parte superior da tíbia. Cruzam-se entre si no meio da articulação em formato de uma cruz, daí o nome 'cruzado'.

• LCL  ( ligamento colateral lateral)
Resiste ao stresse de varo,
Resiste à rotação lateral da tíbia,
Resiste à rotação lateral da tíbia com deslocamento posterior da tíbia.

• LCM ( ligamento calateral medial)
Resiste ao stress de valgo, especialmente com o joelho em extensão;
Resiste à rotação lateral da tíbia;
Resiste à rotação lateral e deslocamento anterior da tíbia.

• LCA ( ligamento cruzado anterior)
BAM (banda Antero medial) – laxa na extensão, tensa na flexão (70º);
BPL (banda póstero lateral)– tensa na extensão, laxa na flexão;
Resiste ao deslocamento anterior da tíbia (ou posterior do fêmur);
Resiste à rotação medial do joelho;
Algumas fibras estão tensas em flexão;
Máxima tensão em extensão completa.

• LCP ( ligamento cruzado posterior)
BAL (banda Antero lateral) – laxa na extensão e tensa na flexão (80 a 90º);
BPM (banda póstero medial) – tensa na extensão, laxa na flexão;
Resiste à rotação medial do joelho;
Limita o deslocamento posterior da tíbia (ou anterior do fêmur);
Algumas fibras apresentam tensão em extensão completa;
Máxima tensão em flexão.

LIGAMENTO COLATERAL LATERAL

A distensão é o estiramento ou a ruptura de um ligamento, que é uma forte tira de tecido que liga um osso ao outro. O ligamento lateral colateral está localizado na parte lateral do joelho; ele liga a parte de baixo da coxa (fêmur) ao osso externo da perna (fíbula).
 Pode ocorrer através de um movimento de rotação ou de uma pancada na parte interna do joelho, que o force para a lateral.
As distensões podem ser classificadas em graus I, II e III, dependendo da sua gravidade:
• Distensão grau I: dor com dano mínimo ao ligamento.
• Distensão grau II: Lesão parcial de algumas fibras do ligamento e pequena frouxidão na articulação.
• Distensão grau III: Ruptura completa do ligamento e a articulação fica instável.

SINTOMAS
Dor na parte externa do joelho, que pode inchar. Não é comum escutar ou sentir estalos quando a lesão ocorre. Mesmo com a dor, na hora da lesão, freqüentemente, é possível caminhar e até voltar a um jogo inacabado. Até 8 horas após a lesão, a dor costuma aumentar e a mobilidade pode ficar limitada.~

DIAGNOSTICO
O médico examinará o joelho à procura de sensibilidade na parte lateral. Ele, gentilmente, moverá o joelho para descobrir se a articulação está instável e se o ligamento está distendido ou rompido. O ligamento, geralmente, apresentará rigidez em todo seu comprimento. O médico poderá, ainda, pedir um raio-x ou uma ressonância nuclear magnética.

TRATAMENTO
• Crioterapia: Aplicação de compressas de gelo no joelho por 20 ou 30 minutos, sendo que a cada 8 minutos de gelo deve-se fazer uma pausa de 3 minutos. Pode ser feito a cada 3 ou 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça;
• Elevação do joelho, colocando um travesseiro por baixo dele, impedindo que o edema piore;
• Uso de uma faixa elástica em volta do joelho, para ajudar a diminuir o edema;
•  Uso de muletas;
• Uso de anti-inflamatórios ou analgésicos, prescritos pelo médico;


FISIOTERAPIA

A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir objetivos como analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento.


• TENS Convencional - para a dor aguda:
A estimulação convencional, de alta freqüência, pode ser definida como cadeia contínia, ininterrupta, de impulsos de alta freqüência grados com curta duração e baixa amplitude.
- Freqüência: 50 a 100 Hz (alta)
- Duração: 40 a 75 microssegundos
- Amplitude: subjetiva, devendo ser propiciada de modo a assegurar que a estimulação permaneça apenas dentro dos limites as estimulação sensitiva, resultando uma sensação forte, mas confortável.
No modo convencional a TENS recruta, preferencialmente, grandes fibras A-beta, estabelecendo um sintoma de controle da dor por pequenas fibras. Através do interneurônio no corno dorsal da medula, ao nível da "comporta" na substancia gelatinosa.

• ULTRASOM intermitente ou pulsátil - para dor aguda: seriam intercepções no fluxo contínuo de ondas ultra-sònicas, onde as seriam intercaladas com pausas, de forma que o efeito térmico é minimizado por um atrito menos constante (a vibração é interrompida por pausas), sendo assim o efeito mecânico do Ultra som intermitente é superior.
1 MHz: ultra som profundo - 5 à 10 cm de profundidade
3 MHz: Ultra som mais superficial - 1,5 á 3 cm de profundidade
O tempo pode variar de 5 a 8 minutos de acordo com a área. 
Efeito do US, ele aumenta a irrigação sanguínea local, leva ao aumento do metabolismo e conseqüente retirada de catabólitos, levando a uma descompressão das terminações nervosas de dor local.

EXERCÍCIOS TERAPEUTICOS

• Deslizamento do Calcanhar:
Sentar com as costas eretas sobre uma superfície firme e estender as pernas para frente, lentamente, deslizar o calcanhar da perna lesionada em direção às nádegas, puxando o joelho para peito.

• Abdução e Adução do Quadril: 
Deitado sobre as costas, com as pernas estendidas e os dedos dos pés virados para cima, deslizar a perna lesionada lateralmente, o mais que puder.  

• SRL - Elevação Com a Perna Estendida 

• Flexão de Bruços do Joelho: 
Deitar sobre o abdômen, com as pernas estendidas. 
Flexionar o joelho do lado lesionado até que o calcanhar se encontre com as nádegas.  

• Deslizamento na Parede:
Encostar os ombros, as costas e a cabeça contra uma parede e olhar para frente.
Manter os ombros relaxados e pés a uma distância de 30 cm da parede.
Deslizar parede abaixo até que as coxas fiquem quase paralelas ao chão, conservando sempre a cabeça e tronco eretos.
Manter esta posição por 20 segundos.


LIGAMENTO COLATERAL MEDIAL

A distensão é o estiramento ou a ruptura de uma estrutura, neste caso, um ligamento, que é uma forte tira de tecido que liga um osso ao outro. O ligamento medial colateral está localizado na parte interna do joelho e liga a extremidade inferior do osso da coxa (fêmur) à extremidade superior do osso da canela (tíbia).
As distensões podem ser classificadas em graus I,II e III dependendo da sua gravidade.
• Distensão grau I: dor com dano mínimo aos ligamentos.
• Distensão grau II: Lesão parcial de algumas fibras do ligamento e pequena frouxidão na articulação
• Distensão grau III: Ruptura completa do ligamento e a articulação fica bastante solta ou instável. Pode existir associação com lesão do menisco medial.

SINTOMAS
Dor na face interna do joelho, que pode ficar inchado. Pode se sentir instabilidade no joelho e na hora da lesão, é comum escutar ou sentir um estalo.

DIAGNÓSTICO
O médico examinará o joelho. Gentilmente, ele o moverá para descobrir se a articulação está instável e se o ligamento está distendido ou rompido. Às vezes, é necessário pedir um raio-x ou uma ressonância nuclear magnética do joelho.


TRATAMENTO
• Crioterapia: Aplicação de compressas de gelo no joelho por 20 ou 30 minutos, sendo que cada 8 minutos de gelo deve ser seguido de uma pausa de 3 minutos. Pode ser feita a cada 3 ou 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça,
• Elevação do joelho, colocar um travesseiro por baixo dele, impedirá que o edema piore;
• Uso de antiinflamatórios ou analgésicos, prescritos pelo médico;
• Uso de um imobilizador de joelho, para evitar maiores lesões e minimizar a dor causada pela movimentação;
• TENS Convencional - para a dor aguda
A estimulação convencional, de alta freqüência, pode ser definida como cadeia contínia, ininterrupta, de impulsos de alta freqüência grados com curta duração e baixa amplitude.
- Freqüência: 50 a 100 Hz (alta)
- Duração: 40 a 75 microssegundos
- Amplitude: subjetiva, devendo ser propiciada de modo a assegurar que a estimulação permaneça apenas dentro dos limites as estimulação sensitiva, resultando uma sensação forte, mas confortável.
No modo convencional a TENS recruta, preferencialmente, grandes fibras A-beta, estabelecendo um sintoma de controle da dor por pequenas fibras. Através do interneurônio no corno dorsal da medula, ao nível da "comporta" na substancia gelatinosa.

• ULTRASOM intermitente ou pulsátil - para dor aguda: seriam intercepções no fluxo contínuo de ondas ultra-sònicas, onde as seriam intercaladas com pausas, de forma que o efeito térmico é minimizado por um atrito menos constante (a vibração é interrompida por pausas), sendo assim o efeito mecânico do Ultra som intermitente é superior.
1 MHz: ultra som profundo - 5 à 10 cm de profundidade
3 MHz: Ultra som mais superficial - 1,5 á 3 cm de profundidade
O tempo pode variar de 5 a 8 minutos de acordo com a área. 
Efeito do US, ele aumenta a irrigação sanguínea local, leva ao aumento do metabolismo e conseqüente retirada de catabólitos, levando a uma descompressão das terminações nervosas de dor local.

EXERCÍCIOS TERAPEUTICOS

• Deslizamento do Calcanhar:
Sentar com as costas eretas sobre uma superfície firme e estender as pernas para frente, lentamente, deslizar o calcanhar da perna lesionada em direção às nádegas, puxando o joelho para peito.

• Adução Isométrica do Quadril Sentado: 
Sentado, com as pernas dobradas a 90 º, um travesseiro colocado entre os joelhos e os pés totalmente apoiados sobre o solo.  
Apertar o travesseiro por 5 segundos e relaxe.  Repetir 20 vezes.

• SLR - Elevação Com a Perna Estendida 
Deitar com a perna do lado lesionado estendida e a sã dobrada, com o pé apoiado no chão.  
Puxar os dedos do pé da perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder. 
Contrair os músculos da parte de cima da coxa e levantar a perna estendida, de 10 a 15 centímetros do chão. 
Manter a posição de 3 a 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

• Adução do Quadril Deitado de Lado: 
Deitar sobre o lado lesionado, com a perna de cima dobrada e o pé posicionado sobre o solo à frente da perna lesionada, que permanece estendida.  
Elevar a perna lesionada, o mais que puder, mantendo os quadris firmes.  
Manter 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna. 
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

• Flexão de Bruços do Joelho: 
Deitar sobre o abdômen, com as pernas estendidas. 
Flexionar o joelho do lado lesionado até que o calcanhar se encontre com as nádegas.  
Voltar à posição inicial e repetir 10 vezes o exercício. 
Fazer 3 séries. Quando ficar fácil, pesos podem ser colocados no tornozelo.

• Deslizamento na Parede:
Encostar os ombros, as costas e a cabeça contra uma parede e olhar para frente.
Manter os ombros relaxados e pés a uma distância de 30 cm da parede.
Deslizar parede abaixo até que as coxas fiquem quase paralelas ao chão, conservando sempre a cabeça e tronco eretos.
Manter esta posição por 20 segundos.
Repetir o exercício 10 vezes e, aos poucos, aumentar o tempo especificado acima, para fortalecer ainda mais o músculo quadríceps. 

• Exercícios Com a Faixa Terapêutica: 

A - Resistência a dorsiflexão: 
Sentar com a perna estendida e o pé perto da porta.  Enrolar a faixa ao redor da planta do pé e prender a outra extremidade da faixa na porta, fazendo um nó na faixa e enfiando-a entre a porta e o batente.  Fechar a porta. Puxar os dedos do pé de encontro ao rosto.   Lentamente, retornar à posição inicial. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries. 

B - Resistência à flexão plantar: 
Sentar com a perna estendida, laçar a planta do pé com o meio da faixa e segurar as pontas da faixa, com ambas as mãos. 
Suavemente empurrar o pé para baixo, apontando os dedos do pé para frente, tencionando a faixa terapêutica.

C - Inversão com resistência: 
Sentar com as pernas estendidas e cruzar a não lesionada sobre o tornozelo lesionado. 
Enrolar a faixa envolta do pé lesionado e, em seguida, laçar o pé bom para que a faixa terapêutica (thera band) fique com uma ponta presa.  Segurar a outra ponta da faixa com a mão. Virar o pé bom para dentro e para cima. Isso tencionará a faixa. Retornar à posição inicial. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries. 

D - Eversão com resistência: 
Sentar com ambas as pernas estendidas e a faixa laçada em volta de ambos os pé, lentamente mover o pé lesionado para cima e para fora. 
Manter essa posição por 5 segundos. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

Ligamentos são fortes tiras de tecido que conectam um osso ao outro. O Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é um de quatro grandes ligamentos no joelho. Ele está no centro da articulação do joelho, ligando o osso da coxa (fêmur) ao osso canela (tíbia). 
O LCA, junto com o ligamento cruzado posterior, ajuda a manter o joelho estável, não permitindo que o fêmur deslize ou rode sobre a tíbia. 
O ligamento cruzado anterior é um elemento importante na estabilização do joelho.  A ruptura do ligamento cruzado anterior é uma lesão comum na prática esportiva. Ela pode ser associada a diversas outras lesões, dentre as mais comuns estão as dos meniscos e das lesões condrais (LESÃO E RECONSTRUÇÃO DO LCA: UMA REVISÃO BIOMECÂNICA E DO CONTROLE MOTOR, 2006).
 A lesão de LCA costuma ser uma lesão de esportes e resulta de uma rotação ou hiperextensão brusca do joelho, mas também pode ocorrer quando o fêmur é empurrado para trás e o pé está fixo no chão.
O LCA, na maioria das vezes, tem todas as suas fibras rompidas, caracterizando um caso mais grave, ou apenas algumas delas sofrem a ruptura.
Em aproximadamente 50% dos casos, a lesão deste ligamento vem acompanhada de uma lesão de menisco, em alguns casos ela acontece junto com uma lesão do ligamento colateral lateral.

SINTOMAS
Normalmente os pacientes sabem exatamente quando romperam o ligamento, 33% dos pacientes relata ter ouvido um estalo e dor na hora da lesão.
Quando a lesão ocorre durante alguma atividade física, o paciente é incapaz de terminar o exercício por causa da dor e da instabilidade no joelho.
Os principais sintomas relatados são a dor, a instabilidade e o edema, que acontece principalmente nas primeiras horas após a lesão.

DIAGNÓSTICO
Geralmente ele pedirá Raio-X, para certificar que não existe fratura e uma Ressonância Nuclear Magnética, para avaliar o grau da lesão do ligamento.

TRATAMENTO INICIAL

• Compressas de gelo sobre o joelho durante 8 minutos, seguidos de 3 minutos de pausa, esse ciclo deve se repetir até completar 30 minutos, pode ser feito 3 vezes por dia, durante 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça,
• Manter o joelho elevado sempre que possível, para ajudar a diminuir o edema,
• Uso de uma tala imobilizadora e muletas, para proteger o joelho.
• Em casos de edemas muito grandes, o médico poderá decidir remover o líquido do joelho, com ajuda de uma seringa e agulha.

TRATAMENTO CURURGICO

• Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior:
O LCA rompido não pode ser recosturado, ele tem que ser substituído por um enxerto.
O tecido de reposição é chamado enxerto, que pode vir de diversos lugares do corpo.
Os tendões são tiras de tecido conjuntivo, que ligam os músculos aos ossos. O enxerto mais freqüentemente usado nesta cirurgia, é o que é retirado do tendão patelar. Esse tendão conecta a patela ao osso da perna (tíbia). O enxerto é feito do terço central do tendão patelar.
Outra opção de enxerto bastante utilizada vem do tendão dos músculos semitendíneo e grácil, que estão na parte de trás da coxa.
Se o enxerto vier do próprio corpo do paciente, é chamado de enxerto autólogo. Se o enxerto vier de um banco de tecidos (alguém que tenha morrido), é chamado homólogo.
Médicos estão tentando usar algumas espécies de enxertos sintéticos, mas até agora não funcionaram bem. Pesquisas vêm sendo feitas, para descobrir melhores tipos de enxertos que possam ser usados.
O médico discutirá com você as opções e o ajudará a decidir qual procedimento é melhor.

1, O fêmur e a tíbia são perfurados e o LCA rompido é removido

2, O enxerto é passado através das perfurações substituindo o LCA rompido
O enxerto é preso ao local através de parafusos, grampos ou outros implantes que podem ser de metal ou de material bio-absorvível. 


Reabilitação da lesão do ligamento cruzado anterior: 

 • TENS Convencional - para a dor aguda
A estimulação convencional, de alta freqüência, pode ser definida como cadeia contínia, ininterrupta, de impulsos de alta freqüência grados com curta duração e baixa amplitude.
- Freqüência: 50 a 100 Hz (alta)
- Duração: 40 a 75 microssegundos
- Amplitude: subjetiva, devendo ser propiciada de modo a assegurar que a estimulação permaneça apenas dentro dos limites as estimulação sensitiva, resultando uma sensação forte, mas confortável.
No modo convencional a TENS recruta, preferencialmente, grandes fibras A-beta, estabelecendo um sintoma de controle da dor por pequenas fibras. Através do interneurônio no corno dorsal da medula, ao nível da "comporta" na substancia gelatinosa.

• ULTRASOM intermitente ou pulsátil - para dor aguda: seriam intercepções no fluxo contínuo de ondas ultra-sònicas, onde as seriam intercaladas com pausas, de forma que o efeito térmico é minimizado por um atrito menos constante (a vibração é interrompida por pausas), sendo assim o efeito mecânico do Ultra som intermitente é superior.
1 MHz: ultra som profundo - 5 à 10 cm de profundidade
3 MHz: Ultra som mais superficial - 1,5 á 3 cm de profundidade
O tempo pode variar de 5 a 8 minutos de acordo com a área. 
Efeito do US, ele aumenta a irrigação sanguínea local, leva ao aumento do metabolismo e conseqüente retirada de catabólitos, levando a uma descompressão das terminações nervosas de dor local.

• Estimulação elétrica do quadríceps com o FES para recrutar mais fibras musculares;

• Estimular a mobilização da patela de O a 30 graus.

EXERCÍCIOS TERAPEUTICOS
      
 • Deslizamento do Calcanhar
Sentar com as costas eretas, sobre uma superfície firme e estender as pernas para frente.
Lentamente, deslizar o calcanhar da coxa lesionada em direção às nádegas, levando o joelho no sentido do tórax.

• Contração do Quadríceps:
Pressionar a cama com a parte de trás do joelho, manter 5 segundos e relaxar.

• Elevação da Perna Estendida:
 Fortalecimento muscular: elevação da perna estendida (SLR) em decúbito dorsal (flexores de quadril) e lateral (abdutores de quadril;
Com o joelho da perna operada, totalmente estendido na cama, elevar a perna, manter alguns segundos e descer.

• Flexão de Bruços do Joelho: 
Deitar sobre o abdômen, com as pernas estendidas.  Flexionar o joelho do lado lesionado até que o calcanhar se encontre com as nádegas.

•  Alongamento de quadríceps a favor da gravidade;

• Intensificar o trabalho de força (exercícios excêntricos de quadriceps de 45° a 90 de flexão de joelho);

• - Propriocepção (exercícios proprioceptivos de grau III);

• Trabalhar potência muscular (exercícios pliométricos).

LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR

O ligamento cruzado posterior (LCP) tem como função principal impedir a translação posterior da tíbia em relação ao fêmur (conhecida como gaveta posterior). Também ajuda a prevenir a rotação externa da tíbia. Possui origem no côndilo femoral medial e se insere na face posterior da tíbia, cerca de 1 cm abaixo da interlinha articular. É constituído de duas bandas distintas, mas inseparáveis: feixe ântero-lateral, espesso e póstero-medial. O feixe ânetro lateral fica tenso em flexão e relaxado em extensão enquanto o póstero medial é tensionado em extensão e froxo em flexão.

A lesão do LCP leva à instabilidade do joelho, hiperpressão fêmoro patelar sendo evidente com a queda posterior da perna quando o joelho é dobrado a 90 graus. A história natural da insuficiência do LCP, a médio e longo prazo, é de dor, derrame e instabilidade, associados a alterações degenerativas, principalmente no compartimento femorotibial medial e femoropatelar.

MECANISMO DA LESÃO

A incidência de lesões do LCP é menor do que a do ligamento cruzado anterior (LCA). Isto deve-se principalmente à maior espessura e resistência do LCP e ao mecanismo de trauma diferente das duas lesões.
A forma mais comum em que o LCP é lesado deve-se ao impacto direto na face anterior da tíbia, geralmente quando o joelho apresenta-se flexionado 90 graus. Isso pode ocorrer em trauma frontal como trauma esportivo ou acidente automobilístico. Os outros dois principais mecanismos de lesão são a queda com o joelho hiper-fletido ou trauma em hiper-extensão associado a varo ou valgo.

DIAGNÓSTICO

O Raio-x inicial geralmente apresenta-se sem alterações sendo mais elucidativo após a instalação da instabilidade crônica. A Ressonância Magnética é capaz de fazer o diagnóstico agudo.

SINTOMAS
Dor, edema local, instabilidade do joelho, alteração da sensibilidade no joelho, dor na posição de  cócoras e as vezes dificuldade na marcha( dor na marcha).

TRATAMENTO 

• Objetivo do tratamento inicial é o controle da dor e edema, repouso relativo, exercícios isométricos para quadríceps, marcha com muletas e carga parcial.
Elevação do joelho sempre que possível + Crioterapia 20 a 30 minutos de 3 vezes ao dia.

• Medicamento antiinflamatório.( AINH).

• Esse é indicado na maioria das lesões agudas do LCP e podem consistir inicialmente em aplicar o método PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão, elevação). 

• Reduzir o processo inflamatório alívio da dor. Nesta fase são utilizados os aparelhos US, OC ou Microondas;

• Técnicas fisioterápicas como eletroterapia, TENS e Ultra-som podem ser utilizados na sequência do processo de reabilitação. Antes do retorno as atividades é necessário um adequado reforço muscular ( da musculatura do quadriceps e isquiotibiais), treino de marcha e treino proprioceptivo (equilíbrio).

• Alongamento dos músculos Quadríceps

• Alongamento dos músculos isquiotibiais

• Alongamento dos músculos triceps sural

• Alongamento do músculo tibial anterior

• O fortalecimento muscular:  exercícios isométricos leves. De 1ª a 5ª semana exercícios que possam forçar o deslocamento posterior da tíbia, limitando os exercícios de cadeia cinética fechada. Com a boa evolução do paciente os exercícios podem ser aumentados de forma gradual.

• SLR - Elevação Com a Perna Estendida 
Deitar com a perna do lado lesionado estendida e a sã dobrada, com o pé apoiado no chão.  
Puxar os dedos do pé da perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder. 
Contrair os músculos da parte de cima da coxa e levantar a perna estendida, de 10 a 15 centímetros do chão. 

• Observação: Para que possa dar início ao programa de corridas o paciente precisa demonstrar não mais de 30% de deficiência no torque médio para o quadríceps e os isquiotibiais nos testes isocinéticos. Não podem ter mais que três milímetros de aumento no deslocamento antero posterior da tíbia no teste com o artrômetro e a cirurgia deve ter ocorrido a pelo menos seis meses.

RUPTURA  DO  MENISCO

 Os meniscos do joelho apresentam uma função de absorção e distribuição de carga muito importante. São estruturas anatômicas expostas aos traumas e ao envelhecimento como todas as estruturas que compõem uma articulação.

A LESÃO DO MENISCO:
•   como parte de um trauma rotacional ou por flexão,
• como evolução do processo degenerativo da articulação ou,
•  como uma lesão espontânea decorrente da falência estrutural progressiva, sem correlação com trauma ou processo degenerativo.
Os meniscos são estruturas de tecido fibrocartilaginoso, que se localizam entre o osso da coxa (fêmur) e o osso da perna (tíbia), ou seja, no centro do joelho.  Cada perna conta com dois meniscos, o medial está na parte interna da perna e o lateral encontra-se na parte externa. O menisco medial é 20 vezes mais lesionado do que o menisco lateral. Eles agem como amortecedores de impacto e distribuidores das pressões que atingem a região.  

A lesão pode ocorrer durante uma torção com o joelho flexionado ou por consequências de processos degenerativos.

SINTOMAS
Dor na articulação com edema imediato e fluído no joelho, chamado efusão. Alguns pacientes relatam o fato do joelho ficar travado em uma posição e de ouvir um estalo no momento da lesão. O paciente pode ficar impossibilitado de dobrar ou estender a perna completamente.

DIAGNÓSTICO
O médico examina o joelho e procura susceptibilidade à dor ao longo da linha da articulação. Ele movimentará o joelho em várias direções e isso talvez cause dor sobre a superfície do menisco lesionado.
Raios X podem ser solicitados para constatar possível lesão nos ossos do joelho, porém a ruptura do menisco não irá aparecer. Entretanto, a Ressonância Nuclear Magnética (RNM), por vezes, é útil no seu diagnóstico.

TRATAMENTO
• Aplicação de compressas de gelo sobre o joelho por 8 minutos, com pausas de 3 minutos, repetindo até completar o ciclo total de 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.
• Uso de um travesseiro embaixo da perna para elevar o joelho.
• Uso de uma faixa elástica em volta do joelho para diminuir o edema.
• Uso de muletas.
• Alongamento  da Musculatura triceps sural
• Alongamento da Musculatura Isquiotibial
•  Exercícios SLR - Elevação Com a Perna Estendida
•  Deslizamento na Parede Com Bola:
Ficar em pé com as costas, ombros e cabeça encostados em uma parede, olhando para frente. Manter os ombros relaxados e os pés, um pouco afastados da parede, separados na mesma distância dos ombros. Colocar uma bola média entre os joelhos. Sem tirar o tronco, a cabeça e os ombros da parede, agachar e, ao mesmo tempo, apertar a bola entre as pernas.

TENDINITE PATELAR

O tendão patelar está localizado bem abaixo da patela e faz a ligação entre ela e o osso da perna (tíbia).  A tendinite patelar, também, chamada de “joelho de saltador”, é a inflamação deste tendão, causando dor nesta região.
A atividade que mais causa a tendinite patelar é o salto realizado excessivamente. Outras atividades que podem causar a tendinite patelar, quando realizadas repetidamente, são: correr, caminhar e andar de bicicleta. Todas essas atividades causam estresse no tendão patelar, podendo levar à inflamação.
Tendinite patelar também pode ocorrer em pessoas que possuem um desalinhamento dos membros inferiores, como: quadris largos, joelhos valgos ou pés com arcos que se chocam quando você corre ou anda (pé chato), condição que se chama pronação acentuada.
A tendinite patelar é comumente causada por desgaste durante atividades como salto ou corrida. A melhor maneira de evitá-la é possuir fortes músculos nas coxas e um bom alongamento das pernas.

SINTOMAS
• Dor e sensibilidade ao redor do tendão patelar.
• Edema no joelho ou onde o tendão patelar se conecta ao osso da perna.
• Dor ao saltar, correr ou caminhar, especialmente ladeira ou escada abaixo.
• Dor ao dobrar ou esticar a perna.
• Sensibilidade na parte de trás da patela.

DIAGNOSTICO
O médico examinará o joelho procurando por sensibilidade no tendão patelar. Ele pode pedir para o paciente correr, saltar ou agachar para saber se esses exercícios causam dor.
Os pés serão examinados para descobrir se há pronação acentuada.
O médico poderá pedir raios-x do joelho.

TRATAMENTO

• Aplicação de compressas de gelo sobre a área por 8 minutos, seguidos de 3 minutos sem gelo, repetindo até completar o ciclo total de 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.
• Uso de medicamentos antiinflamatórios, prescritos pelo médico.
• Uso de uma faixa para ser colocada sobre o tendão patelar, chamada tira-infra-patelar. A tira irá amparar o tendão patelar visando evitar desgaste e dor nele.
• Uso de suportes para o arco, feitos sob medida, em caso de pronação acentuada
• Em estágio inicial repouso do membro.  Evitar que o joelho se dobre completamente, evitar acocorar-se e evitar subir e descer escadas. 

• Mobilização Patelar
• Alongamento da Musculatura de Isquitibiais, triceps sural  e do tendão do calcaneo. 
• Alongamento do Quadríceps
• Exercícios suaves, progressivos e isométricos de quadríceps.
• Exercícios de SLR - Elevação Com a Perna Estendida

BURSITE  PRÉ-PATELAR

A bolsa sinovial é um saco cheio de fluído que atua como um amortecedor entre os tendões, os ossos e a pele. Existem várias bolsas sinoviais no joelho. A pré-patelar está localizada logo à frente da patela, acima do seu tendão patelar. 
A bursite pré-patelar é a inflamação desta bolsa e também é chamada de "joelho de empregada doméstica", dada a alta freqüência da lesão nos joelhos, ao se limpar o chão.
É comum também, em praticantes de luta livre, que a adquirem pelo constante atrito dos joelhos com a lona/ tatame. Já, os jogadores de vôlei a adquirem, ao mergulhar sobre eles, para alcançar a bola.
A bursite pode resultar de:
• Desgaste da bolsa sinovial.
• Pancada na área.
• Ação mecânica, como o ato de se ajoelhar com freqüência.

SINTOMAS
Edema e dor na parte da frente do joelho, ao dobrar ou esticar a perna.

DIAGNÓSTICO
O médico examina o joelho, à procura de sensibilidade na bolsa sinovial pré-patelar. O  diagnostico pode ser  radiológico convencional, ultra-som  e/ou ressonância magnética 
( Avaliação por Imagem de Formações Císticas no Joelho , 2006).

TRATAMENTO
• Compressas de gelo sobre o joelho por 20 a 30 minutos, a cada 3 a 4 horas, por 2 ou 3 dias, ou até que a dor e o edema desapareçam,
• Faixa elástica, em volta do joelho, para diminuir e prevenir o edema,
• Antiinflamatórios,
• Remoção, pelo médico, do fluído de dentro da bolsa sinovial, quando ela estiver muito edemaciada,
• Injeção de medicamentos, como cortisona, na bolsa edemaciada,

Exercícios de reabilitação da bursite pré-patelar:

• Alongamento dos Isquiotibiais;
• Alongamento de triceps sural;
• Alongamento do Quadríceps;

SUBLUXAÇÃO DA PATELA

É o deslocamento lateral, temporário e parcial da patela, que sai da sua posição normal. A patela deve ficar posicionada entre duas sali ências ósseas, chamadas côndilos femorais, na extremidade inferior do osso da coxa (fêmur), mas durante a subluxação ela se movimenta para a lateral.
A melhor maneira de evitá-la é mantendo fortes os músculos das coxas, particularmente, o grupo de músculos da parte interna (vasto medial oblíquo).
O deslocamento temporário da patela normalmente ocorre durante uma extensão forçada da perna. Existem alguns fatores que podem facilitar a subluxação da patela:
• Desequilíbrio da força entre os músculos da parte interna e da parte externa da coxa. Fraqueza dos músculos internos e muita força dos músculos da parte de fora da coxa.
• Desalinhamentos do membro inferior, como: patela alta, joelhos valgos, subdesenvolvimento do côndilo femoral externo, ângulo Q aumentado (quadris largos), etc.

SINTOMAS
Dor intensa e edema.

DIAGNÓSTICO
O médico verificará os sintomas e examinará o joelho do paciente. Dependendo do grau da lesão é possível sentir a patela deslizar para fora quando o paciente dobra ou estica o joelho. Raios X podem auxiliar no diagnóstico.

TRATAMENTO

Em relação ao protocolo de eletrotermofototerapia foram utilizados:
• Laser – 830nm (GaAlAs), técnica de aplicação pontual (10 pontos) na região de interlinha articular posterior do joelho esquerdo, no tempo de 12 segundos em cada ponto, (totalizando 2 minutos), no parâmetro de freqüência de 75Hz, dose de 3J, objetivando o efeito terapêutico de analgesia.

• Corrente russa – utilizados 5 canais, sendo dispostos 4 canais no membro inferior esquerdo (vasto medial oblíquo [VMO], isquiotibiais, adutores e fibular curto) e 1 canal na perna direita (fibular curto), devido à paciente apresentar pés desabados em plante flexão e inversão de tornozelo. Foi utilizado modo sincronizado, com isometria feita com thera-band que fixava o membro da paciente na maca. Os parêmetros utilizados foram: freqüência de 70 Hz, tempo de subida (rise) de 2 segundos, tempo on de 10 segundos, tempo de descida de 3 segundos, tempo off de 5 segundos. A corrente foi utilizada num tempo total de 20 minutos, tendo como objetivo o fortalecimento das musculaturas supracitadas( REPERCUSSÕES DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA INSTABILIDADE FEMOROPATELAR, 2008).

Exercícios de reabilitação da subluxação patelar:

• Alongamento de quadríceps, isquiotibiais, adutores, abdutores, tríceps sural e massa glútea;

• Bandagem compressiva em 3’ para 1’, sendo realizada perimetria pré e pós;

• Tapping em joelho esquerdo para contenção de patela;

• Tapping no pé, bilateralmente, em dorsiflexão e eversão do pé;

• Aplicação de compressa de gelo sobre o joelho por 8 minutos, com pausa de 3 minutos. O ciclo deve ser repetido até completar 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.

• Uso de medicamentos antiinflamatórios.

• Exercícios de SLR -  Elevação Com a Perna Estendida.

SÍNDROME     PATELOFEMORAL

A síndrome femoropatelar, também conhecida como dor anterior de joelho começou a ser descrita com maior ênfase literária a partir da década de 60, tendo como manifestações clínicas mais comuns a dor e instabilidade da articulação patelo-femoral. A incidência é maior em mulheres e em atletas, e acomete um em cada quarto indivíduos da população em geral.
O diagnóstico da instabilidade patelo-femoral se deve à realização de testes como: teste de Mc Murray, teste de Lachman, teste de pivot-shift, teste de compressão de Appley, teste de tração de Appley, teste do rechaço, e principalmente o teste de Clarke. ( REPERCUSSÕES DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA INSTABILIDADE FEMOROPATELAR).
O termo patelofemoral parece apropriado, já que não é possível distinguir qual estrutura, a patela ou o fêmur, é especificamente afetada. Já lhe foram dados vários nomes, incluindo: desordem patelofemoral, mau alinhamento patelar, joelho de corredor e condromalácia, mas hoje em dia, os termos síndrome da dor patelofemoral, dor anterior do joelho ou instabilidade femuropatelar são, preferencialmente, usados. É mais comum em adolescentes, mulheres e atletas, especialmente corredores.

A melhor maneira de evitá-la é mantendo os músculos da coxa alongados e fortalecidos, principalmente a parte interna. Também é importante usar sapatos adequados e que tenham um bom apoio para os pés.

A síndrome patelofemoral é multifatorial, provavelmente ocorre pela combinação de:

• Microtraumas repetitivos,
• Mau alinhamento da patela,
• Uso excessivo da articulação do joelho,
• Desalinhamento do mecanismo extensor do joelho associado a uma movimentação lateral excessiva da patela.
A parte superior da patela é ligada a um grande grupo de músculos da coxa, chamado quadríceps, e sua extremidade inferior é ligada ao tendão patelar, que se insere no osso da perna, logo abaixo do joelho.
A patela apóia-se em sulcos nas extremidades do osso da coxa (fêmur), chamados côndilos femorais e durante a extensão e flexão do joelho, a patela “flutua” sobre eles.
Porém, pessoas que apresentam desequilíbrios de força entre os músculos laterais e mediais da coxa, aumento do ângulo Q (pessoas que tem o quadril largo), patela alta ou hipermóvel e joelho valgo (para dentro) favorecem a instabilidade e a lateralização da patela, tirando-a do “trilho”. Quando isso acontece, acontece uma compressão da patela no côndilo femoral, podendo irritar a superfície posterior da patela e causando dor.

SINTOMAS

O principal sintoma é a dor na região anterior do joelho, entre a patela e o fêmur. Essa dor é intensificada quando alguma atividade que aumenta a carga nesta articulação é realizada, como: corridas, escaladas, agachamentos, o simples fato de ajoelhar ou de ficar muito tempo sentado. Alguns pacientes referem sensação de instabilidade do joelho e, raramente, é acompanhada de edema.
DIAGNOSTICO
A confirmação dos resultados obtidos, pode ser confirmado por exames complementares como raio-X em AP e perfil, ressonância magnética nuclear(GANN, 2005; GOULD III, 1993).

TRATAMENTO

• Compressas de gelo sobre os joelhos por 20 a 30 minutos, a cada 3 ou 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor desapareça,
• Elevação do joelho, colocando um travesseiro debaixo da perna, quando houver dor,
• Uso dos medicamentos antiinflamatórios, prescritos pelo médico
• O tratamento preconizado é o conservador, visando eliminar encurtamento de isquiotibiais,gastrocnêmios e quadrícpes femoral que levam ao aumento da pressão femoropatelar, através de alongamento dos mesmos, por melhorar a dinâmica do aparelho extensor e consecutivamente melhorar também a dor quando associada a recursos eletrotermofototerápicos (GREVE & AMATUZZI, 1999).
• Exercícios realizados em cadeia cinemática fechada diminuem a sobrecarga do joelho e facilita o fortalecimento sem provocar dor, quando realizados entre 0º e 50º. Os exercícios de flexo-extensão com peso na perna sobrecarregam a articulação, portanto para diminuir o braço de alavanca e diminuir a dor, coloca-se o peso na coxa. Isometria em múltiplos ângulos e as elevações de perna estendida costumam ser recomendadas inicialmente para restaurar a função muscular. As atividades de fortalecimento em cadeia aberta são mais seguras de 90° a 50° porque acima desse valor o contato femoropatelar é muito excessivo (GREVE E AMATUZZI, 1999; ANDREWS, 2000, ROSA FILHO, 2002).

SÍNDROME DA TIRA ILIOTIBIAL
Síndrome da Trato Iliotibial (STIT) é uma lesão inflamatória aguda mais comum em  em ciclistas, corredores (também conhecida com joelho do corredor) e esportistas de longa distância, principalmente quando o mecanismo do esporte envolve flexões repetidas dos joelhos. Provoca dor do lado de fora do joelho um pouco acima da superfície articular. Raramente é grave a ponto de necessitar tratamento cirúrgico, mas pode ser extremamente desconfortável e afastar os atletas de suas atividades.
Origina-se de um pequeno feixe muscular no osso ilíaco na pelve onde é denominado de tensor da fáscia lata. Transcorre toda extensão lateral da coxa e insere-se abaixo da superfície articular do joelho em uma região denominada de Tubérculo de Gerdy (região ântero lateral e proximal da tíbia).
Anatomicamente a parte mais distal do trato ílio tibial passa sobre a borda externa do côndilo femoral lateral. Este trato sofre atrito com a parte óssea lateral do fêmur quando o joelho flete a aproximadamente 30°. A sobrecarga e o atrito repetido desta estrutura contra o osso provocam a inflamação da fáscia.
A bursa é um saco cheio de fluido (almofada) que protege as articulação de traumas e atritos. Essas bursas estão presentes entre músculos e tendões que deslizam um contra outro. Nessa localização a bursa repousa entre o côndilo femoral e o trato ílio tibial. Normalmente, esta bursa permite que o tendão deslize suavemente para frente e para trás ao longo da borda do côndilo femoral quando ocorre a flexão e extensão do joelho.
Desenvolve quando o TIT desliza para frente e para trás sobre o côndilo femoral lateral do joelho quando este movimenta-se em flexão e extensão. Normalmente, este não é um problema. Mas a bursa entre o côndilo femoral lateral e do TIT pode tornar-se irritada e inflamada se este esteja comprimido sobre o côndilo femoral com os movimentos repetidos do joelho. Estes podem incluir caminhadas, corridas, ciclismo e principalmente corridas de longa duração.
É uma patologia causada geralmente por “overuse” (excesso de atividades). Está associada ao tempo (duração) e velocidade das atividades realizadas. Através desses movimentos repetitivos a bursa pode tornar-se inflamada e os sintomas de dor associam-se principalmente durante as atividades esportivas.
Alguns especialistas acreditam que o problema acontece quando os joelhos são arqueados para fora (genovaro), quando os tênis estão mais gastos do lado externo ou quando pratica-se atividades físicas em terrenos angulados. Outros consideram que certos tipos de pé, tais como pé pronados são causas dessa patologia. Pronação do pé ocorre quando o pé perde o arco longitudinal medial (pé chato).
Recentemente especialistas constataram que corredores que possuem um enfraquecimento muscular do glúteo médio no quadril são mais suscetíveis a ter a STIT. Esse fato deve-se ao fato de o glúteo médio ser responsável pelos movimentos rotatórios do quadril.             O genovaro faz com que o côndilo femoral lateral fique mais proeminente usando atrito dessas estruturas o que em casos mais graves pode causar um espessamento (fibrose) do trato intensificando os sintomas.

São causas comuns do surgimento da Síndrome do Trato Iliotibial:
• Encurtamento da banda iliotibial;
• Fraqueza do músculo glúteo médio e maior ativação do músculo tensor da fáscia lata;
• Aumento abruto da intensidade do treinamento - treinamento sem orientação de um profissional;
• Pronação excessiva dos pés;
• Calçado inadequado para seu tipo de pé;
• Posicionamento incorreto dos pés no pedal da bike – uma dica é posicionar o pedal com o calcanhar aproximadamente 6° para fora
• Altura incorreta do banco da bike;
• Corrida em terrenos irregulares, subidas e descidas em excesso;
• Joelho varo (arqueado para fora), torção tibial ou epicôndilo lateral do fêmur anormalmente saliente.

SINTOMAS
Dor na parte lateral do joelho.

DIAGNÓSTICO
Raios-X podem ser realizados para se certificar de que não existem outras lesões que poderiam estar aumentando o problema. Em casos agudos o Rx é normal. Pode aparecer um leve aumento das partes moles laterais. A ressonância magnética deve ser realizada para mostrar se há problemas associados como a lesões condrais, meniscais e ligamentares.

TRATAMENTO CONSERVADOR

● A maioria dos casos pode ser tratada com medidas simples. Na primeira tentativa de melhora utilizam-se  medicação antinflamatória, gelo e ultra-som como métodos antinflamatórios.  
● Uso de gelo no local – 20 min 3 x /dia
● Corrigir o modo que o paciente pisa em solo, indicar calçado adequado
● Alongamento da Tira Iliotibial (Em pé, cruzar a perna boa na frente da lesionada e curvar-se para baixo, tocando a mão nos dedos dos pés). 
● Alongamento da tira iliotibial
● Alongamento em Pé da tríceps sural
● Alongamento da Musculatura Isquiotibial
● Alongamento do Quadríceps
● Exercícios de SLR - Elevação Com a Perna Estendida
● Exercícios de Adução do Quadril Deitado de Lado
● Agachamento na Parede Com Bola


BURSITE ANSERINA

A junção de dois ou mais ossos recebe o nome de articulação. Ela é lubrificada por um líquido viscoso e transparente chamado sinóvia, que  é secretado pela bolsa sinovial, atuando como um amortecedor entre os tendões, os ossos e a pele. 
A bolsa sinovial anserina localiza-se na parte interna do joelho, logo abaixo da sua articulação.  Essa região é popularmente conhecida como Pata de Ganso e nela inserem-se três músculos: Grácil, Sartório e Semitendinoso. Estes músculos são responsáveis por cruzar as pernas, dobrar e juntar os joelhos.




CAUSAS
• Do uso repetitivo, dos movimentos de perna, no nado de peito, ou dos chutes de bola repetidamente.
• Do giro repetido do corpo com o joelho flexionado, com o apoio neste joelho.
• De pancada direta em cima desta área da perna.
Sintomas
Dor na face interna do joelho, logo abaixo da articulação, que pode ser sentida ao flexionar ou esticar a perna; geralmente é acompanhada de edema.
Diagnostico
O  diagnostico pode ser  radiológico convencional, ultra-som  e/ou ressonância magnética  ( Avaliação por Imagem de Formações Císticas no Joelho , 2006).

TRATAMENTO

• Compressas de gelo sobre o joelho por cerca de 20 a 30 minutos, a cada 3 ou 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor e o edema passem,
• Remoção do fluido acumulado na bolsa sinovial,
• Bandagem elástica, ao redor do joelho, para impedir a formação ou diminuição do edema.,
• Medicação antiinflamatória,
• Injeção de medicamentos como cortisona, na bolsa sinovial, para reduzir o edema e a dor,

Alongamento:

O alongamento deve ser o primeiro do programa de exercícios, iniciando pelos exercícios 1 a 3. Em seguida, começar o fortalecimento da perna, através dos exercícios 4 a 6:
 • Alongamento dos Isquiotibiais; 
•  Alongamento de tricepsural;
• Alongamento do Quadrícep: ;
• Alongamento Dos Adutores do Quadril.

  Exercícios de fortalecimento

• Isométrico do Quadríceps:
Sentar no chão, com a perna lesionada estendida e a sã dobrada. Pressionar a parte de trás do joelho lesado de encontro ao solo e, ao mesmo tempo, contrair os músculos da parte superior da sua coxa.
Manter a posição por 5 segundos e repetir 20 vezes.

• Isométrico do Isquiotibiais:
Sentar no chão, com a perna lesionada levemente dobrada, forçar o calcanhar da perna lesionada no chão e contrair a parte de trás dos músculos da coxa.
Manter por 5 segundos e repetir 20 vezes.

 • Deslizamento do Calcanhar:
Sentar com as costas eretas sobre uma superfície firme e estender as pernas para frente, lentamente, deslizar o calcanhar da perna lesionada em direção às nádegas, puxando o joelho para peito.

PREVENÇÃO

A melhor maneira de evitá-la é realizar o aquecimento adequado, antes de iniciar uma atividade física, o que inclui o alongamento da musculatura dos isquiotibiais (posterior da coxa), dos músculos internos da coxa e dos músculos da parte de cima da coxa.
Gradualmente, aumentar o nível de intensidade da atividade, o que é melhor do que fazer tudo de uma vez. Isso ajudará a prevenir lesões.

PLICA SINOVIAL

A plica é uma prega normal na membrana sinovial e geralmente passa despercebida por uma vida inteira. É um tecido característico do período embrionário e que deveria ser absorvido pela cápsula articular, mas pode estar presente no joelho de mais de 70% da população. 
O joelho pode conter até 5 plicas,  duas delas são consideradas minidobras e as outras três são estruturas distintas, são elas: suprapatelar (acima da patela), medial (na parte medial do joelho, a mais comum) e infrapatelar (abaixo da patela).

Pode se tornar patológica em algumas pessoas devido a:
• Grande quantidade de estresses mecânicos sofridos durante a prática esportiva,
• Uso excessivo da articulação,
• Traumatismos (quedas ou acidentes),
• Desalinhamento do membro inferior,
• Condições inflamatórias locais.

SINTOMAS
Dor e edema na saliência abaixo da patela.

DIAGNÓSTICO
A inflamação e o espessamento da plica causam muita dor. Não existe predominância de sexo ou idade. A dor geralmente é aguda e vem acompanhada de sensação de queimação, edema e estalos.

TRATAMENTO

Um tratamento visando a eliminação desse processo inflamatório é primeiramente conservador no qual o paciente é afastado de suas atividades para tratamento médico a base de antiinflamatórios visando à eliminação desse processo inflamatório e fisioterápico, com fortalecimento muscular pode resolver. Em último caso, se a dor não cessar, é indicado artroscopia para raspagem dessa plica ( PLICA SINOVIAL PATOLÓGICA, 2004).

Exercícios de reabilitação da plica sinovial
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um
profissional.
 
EXERCÍCIOS TERAPEUTICOS

•  Alongamento dos Isquiotibiais
•  Alongamento do Quadríceps
•  SLR - Elevação Com a Perna Estendida

REFERÊNCIAS

• ARTIGO:  Reabilitação após reconstrução do LCA com 1/3 central do tendão e com os tendões duplos dos músculos semitendineo e grácil- revisão da literatura, 2002.

• ARTIGO:  Repercussões Biomecânicas na Lesão Crônica do Ligamento Cruzado Posterior: “Relato de Caso”, Oliveria, P. M. et al., 2011.

• ARTIGO:   Repercursão do tratamento fisioterápico na instabilidade femoropatelar,  Campos, L.M.R.M.C. e Silva J., 2009.

• ARTIGO:  Plica sinovial, 2004.

• ARTIGO:  Lesão e reconstrução do LCA – uma revisão biomecânica e do controle motor - Fatarelli, I. F. C., et al, 2004.

• ARTIGO:  Reabilitação do joelho pós-sutura meniscal,  SAMPAIO, T. C. F. V. et al, 1993.

• ARTIGO:  Lesão do ligamento cruzado posterior, associada a fratura do rebordo posterior da tíbia, simulando fratura-avulsão do LCP,  J. M. G. Souza, 1998.

• ARTIGO:  A Isometricidade do Ligamento Cruzado Posterior, Kokron, A. E. V. et al., 2001.

Ligamento Cruzado Posterior, Medicina esportiva Joaquim Grava, 2002.

• SITE:   http://www.gustavokaempf.com.br/patologias/tendao/sindrome-do-trato-iliotibial

• SITE:   http://www.clinicadeckers.com.br/

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